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Telêmaco Borba

20 de dezembro de 2016


Em 1941, o então Presidente Getúlio Vargas, geria um estado muito dependente de importações. A II Guerra Mundial alvoroçava o mundo e a compra de produtos estrangeiros estava tornando-se escassa e cara. Notou-se então que o país deveria ser auto-suficiente na produção de diversos itens, entre eles, o papel.

A fabricação de papel ficou ao encargo de industriais que instituiriam as Indústrias Klabin do Paraná Papel e Celulose S/A. O risco de implantação era grande visto que o projeto de construção era para o sertão do Paraná, onde não haviam casas, e nenhum quilômetro de estradas de rodagem, entretanto, havia uma vantagem, a existência de grande volume de matéria-prima para a fabricação do papel.

O primeiro núcleo operacional, com a função de criar a infraestrutura da fábrica de papel, fixou local na região central da Fazenda Monte Alegre e recebeu a denominação de Lagoa. As primeiras atividades realizadas foram as obras macadamizadas, que possibilitaram, entre outros objetivos, a construção de uma usina hidrelétrica que forneceria energia às vilas e à fábrica. Essa hidrelétrica recebeu o nome de Mauá. Além da construção da usina houve a necessidade também da construção de um aeroporto, com pista de 950m, na época um dos maiores do Paraná, contava com um serviço aéreo regular entre São Paulo, Monte Alegre, Curitiba e vice-versa, pelos serviços aéreos Cruzeiro do Sul.

A construção da unidade de fabricação de papel situava-se a 13 km da Lagoa, as margens do Rio Tibagi e Harmonia. Logo em seguida foi construída uma barragem no rio Harmonia com capacidade de 5.000.000 m³ de água limpa, garantindo o abastecimento de água na indústria.

Como consequência de todo este empreendimento, houve uma verdadeira expedição ao interior do Paraná.

Em 1947, chegou a Monte Alegre como diretor administrativo das IKPC, Horácio Klabin, que determinou a alteração do mapa do Estado do Paraná, na região Sul do Brasil, construindo uma nova cidade, pois já existiam vários núcleos habitacionais na fazenda de Monte Alegre e para a Indústria era muito oneroso manter todo este pessoal dentro da fazenda que também já não atendia a demanda por mais habitações. Observou-se ainda, que começaram surgir moradias clandestinas do outro lado do rio. Iniciou-se então, do lado oposto à fábrica com relação ao rio Tibagi o loteamento de 300 alqueires de terra, esse loteamento chamou-se Mandaçaia e mais tarde foi batizado com o nome de Cidade.

Foi obra também de Horácio Klabin a construção do Bonde Aéreo que daria meio de transporte fácil e barato aqueles que trabalhavam na fábrica.

Entre os anos de 1960 até 1964, ocorreram discussões a favor da emancipação da Cidade Nova de seu município de origem, Tibagi. Mas, somente em 21 de março de 1964 o procedimento foi sancionado pelo então governador Ney Aminthas de Barros Braga. E essa lei deu origem então ao município de Telêmaco Borba, tendo como prefeito Péricles Pacheco da Silva.

A denominação Telêmaco Borba é uma homenagem feita ao coronel Telêmaco Enéias Augusto Moracines Borba, que atuou como desbravador, colonizador, colecionador e escritor na região do Vale do Tibagi.

Pontos Turísticos:

Igreja Matriz Nossa Senhora de Fátima
Construída de tijolo a vista, é uma arquitetura moderna que forma um bonito conjunto com a Casa Paroquial e Escola Nossa Senhora de Perpétuo Socorro ao lado de um bosque formado por altas árvores.

Parque Ecológico
Implantado em 1980 pela Klabin, o Parque Ecológico ocupa uma área total de 11.196 ha, dos quais 7.883 ha, são ocupados por florestas naturais, representadas pela Mata de Araucária. Algumas destas florestas ainda se encontram em estado primitivo ou pouco alteradas. O objetivo do Parque Ecológico é desenvolver a pesquisa em vida selvagem (fauna e flora), proteger os ecossistemas primitivos e o habitat característico da fauna nativa, e resguardar atributos excepcionais da natureza. O Parque abriga ainda:

Trilha ecológica

Com uma extensão de 3000 m, pode ser percorrida em aproximadamente 1 hora e 20 minutos. Seu percurso é circular, havendo escadas, pontes e passarelas harmoniosamente integradas ao ambiente, diminuindo o grau de dificuldade da caminhada. Ao longo da Trilha é possível descobrir variadas e complexas conformações que a vegetação pode tomar. Algumas árvores na trilha estão identificadas e chamam atenção pela sua imponência, como por exemplo, o Pinheiro-do-Paraná, a Guajuvira e a Cerejeira.

Criadouro de Animais Silvestres para fins Científicos

Implantado em 1991, tem como objetivo, a reprodução de espécies nativas da Fazenda Monte Alegre, principalmente aquelas ameaçadas de extinção, e a Educação AmbientalA reprodução em cativeiro de espécies ameaçadas de extinção visa repovoar a Fazenda Monte Alegre, permitindo que estes animais possam se reproduzir em seu ambiente natural, reconstituindo-se as suas populações na Fazenda. Oferece condições para que o visitante conheça alguns dos animais silvestres da região.

Para as atividades de Educação Ambiental e orientação dos visitantes, estão disponíveis informações sobre as espécies mantidas, através de placas individuais. O Criadouro é constituído por 40 recintos para aves e mamíferos e 19 serpentários para cobras venenosas e não venenosas. Os recintos são amplos e espaçosos, sempre procurando imitar o ambiente característico da espécie. Aqui os animais encontram proteção e segurança, fatores essenciais para se obter o sucesso reprodutivo em cativeiro. Na área de apoio encontram-se 17 recintos de isolamento para o tratamento e recuperação de animais feridos, farmácia veterinária, biotério e cozinha para o preparo da alimentação dos animais.
Atualmente é mantido 22 espécies de mamíferos, 49 espécies de aves e 8 espécies de répteis. Há interesse especial na reprodução de espécies, como a Anta, Lobo-guará, Gato-do-mato, Bugio, Ema, Jacutinga e Mutum, todas elas ameaçadas de extinção ou já extintas em nossa região.

Museu do Parque Ecológico 

O Museu da Fauna e Flora Regional possui uma área de 70 m2, onde estão expostos exemplares da flora e principalmente fauna da região. Seu acervo zoológico está constituído por aproximadamente 600 peças, sendo 165 animais taxidermizados, 25 esqueletos, 110 crânios, 150 peças preservadas em meio líquido e 150 peças variadas. O Museu ainda mantém um insetário, um serpentário para cobras não venenosas (vivas), e uma coleção de excicatas, carpoteca e xiloteca da flora arbórea de Monte Alegre.

O Parque Ecológico está localizado na Estrada do Miranda (acesso pela PR 160), a 5 km do trevo de Harmonia.
Horário de visitação: terça-feira a quinta-feira, sábado e domingo, das 13h às 17h.

Bonde Aéreo
O acesso entre Telêmaco Borba e Harmonia, sede da Fazenda Monte Alegre, pode ser feito pelo teleférico (Bonde Aéreo), passando sobre o Rio Tibagi, com um vão de 1318 m. O objetivo de sua construção era o translado de funcionários, moradores desta cidade para a fábrica, porém, tornou-se também importante atração turística, que proporciona ao visitante de Telêmaco Borba durante sua travessia um emocionante passeio, com deslumbrante vista da cidade, do Rio Tibagi e das Indústrias Klabin. Informações Tel. (42) 3271-5385.

Parque Municipal do Rio Tibagi
Inaugurado dia 22 de abril de 2000, considerado um equipamento turístico, na margem do Rio Tibagi, próximo da Ponte que liga a cidade de Telêmaco Borba à Harmonia que é a atual Sede da Fazenda Monte Alegre.
Neste local foi replantada a mata nativa na margem do rio, foi construído um portal em madeira rústica e dois mirantes que oferecem ao visitante a possibilidade de contemplar o belo cenário. Possui uma trilha ecológica na qual tem uma ponte que passa sobre a Rodovia do Papel, dando acesso à parte alta do parque, com vista do Rio Tibagi, Bonde aéreo e Indústrias Klabin.

Ainda há quadras de areia para prática esportiva, bicicletário, churrasqueiras, estacionamento e sala de administração.

Fonte: Prefeitura de Telêmaco Borba (http://www.telemacoborba.pr.gov.br/)