Durante o XX Seminário dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade formalizaram um documento de repúdio contra os atos violentos cometidos em Curitiba contra manifestantes.
NOTA DE REPÚDIO
Os trabalhadores em Turismo e Hospitalidade, representados oficialmente pela Fethepar – Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade do Estado do Paraná e pela Contratuh – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade e pelos seus sindicatos filiados, reunidos em Francisco Beltrão, Paraná, durante o XX Seminário da Categoria, apresentam neste dia de abertura do encontro o seu repúdio oficial às cenas de praça de guerra, batalha campal e cenário de terror, impostos pela Polícia orientada pelo Governo do Estado do Paraná e através do seu comandante geral, o governador Beto Richa, tendo em vista o desfecho condenável ocorrido no Centro Cívico de Curitiba, no último dia 29.
Faz também manifesto contrário ao comportamento dos deputados estaduais do Paraná que alheios ao que ocorria no campo de batalha, agiram na clandestinidade social e permaneceram impassíveis em suas poltronas no Plenário da Assembleia, através do manifesto irresponsável do presidente do Legislativo, deputado Ademar Traiano (PSDB), segundo está estampado no jornal Gazeta do Povo de hoje, dia 30, teria dito que “lá fora, o problema é da segurança pública, não da Assembleia”
Garantidos por uma absurda decisão judicial que impôs a segurança do prédio Legislativo, impedindo o livre acesso popular, numa casa que é do povo e por ela é sustentada, os parlamentares, alheios às agressões e ações violentas da Polícia do Governo gerou até o momento 213 feridos.
Independente de razão, de efeito administrativo e político que o ato da votação dos senhores deputados representa na conivência com o interesse do governo e contra a manifestação livre e popular de professores e servidores públicos, os atos de violência ali praticados, no entender dos trabalhadores em Turismo e Hospitalidade do Paraná é, além de inadmissível, repugnante e indigno da representação que esses homens públicos receberam nas urnas, pela população paranaense.
Não há reparo que justifique tamanha violência. E nós trabalhadores, nos sentimos violentados na mesma proporção porque também temos nossas reivindicações e esperanças de que o governo que nos representa, independentemente de nossa vontade de voto, seja digno e respeitável.
Caem por terra, no nosso entender, toda a razão dos órgãos oficiais e a sociedade unida precisa exigir seus direitos e respeito. Nossa total reprovação às ordens e obediências ali praticadas, independentemente do despreparo de alguns segmentos obedientes que possam ter atuado no enlevo de uma situação de surpresa. Não há espontaneidade e muito menos responsabilidade em ação desse teor.
Fica portanto, o nosso protesto e a nossa solidariedade às vítimas e especialmente aos direitos dos trabalhadores e cidadãos na sua liberdade constitucional de ir e vir e no cumprimento do estado de direito. Honramos nossa bandeira nacional e registramos a nossa obrigação de progresso, mas que a ordem nos seja garantida sem a passional violência que hoje nos acomete esse irresponsável mando.